ALHO
Família: Liliaceae
Nome científico: Allium sativum L.
Sinônimo vulgar: Alho-comum, alho-bravo, alho-ordinário, alho-do-reino, alho-manso, alho-branco, alho-hortênsis, moliem, alho-hortense, teriaga dos pobres; rosa-mal- cheirosa-dos-gregos (CRUZ, 1964; CONCEIÇÃO, 1980; ALMEIDA, 1993; CARIBÉ e CAMPOS, 1995; SALLÉ 1996; PANIZZA, 1997; LORENZI e MATOS, 2002).
Origem: Sicília, Ásia Central, vários pontos da Europa e do Oriente (CORREA, 1975; ALZUGARAY e ALZUGARAY, 1984).
Características botânicas: Planta herbácea e bulbosa, de folhas estreitas, longas, pontiagudas, lineares, subuladas, fistulosas, com inflorescência em umbela, pedunculada, com flores alvacentas ou branco-esverdeadas. Caracterizada pelos bulbos (cabeça) reunidos por um invólucro comum de várias túnicas esbranquiçadas e bulbilhos (dentes), que também são envolvidos por túnicas próprias, podendo ser
esbranquiçados, róseos ou violáceos. Têm cheiro forte e sabor acre, persistente e irritante (COSTA, 1992; VIEIRA, 1992; ALMEIDA, 1993; SILVA et.al., 2002).
Parte utilizada: Dentes ou bulbilhos (bulbo ou cabeça) frescos (PACIORNIK, 1990; BOTSARIS, 1997; PANIZZA, 1997; SAMPAIO, 2005).
Princípios ativos: alicina, ajoeno, ácido fosfórico livre, óleo volátil acre e cáustico, essências sulfurada e oxigenada, aliina, sulfureto de alila, sulfeto de alilo, alilglucósio, óxido dialildissulfeto, alinase, alitiamina, sulfuretos, hormônios, resinas e compostos isoticiânico, inulina, nicotinamina, galantamina (CORREA, 1975; SANGUINETTI, 1984; ALBORNOZ, 1990; SOUSA et al., 1991; VIEIRA, 1992; ALMEIDA, 1993; UGAZ, 1994; MATOS, 1998; KUMAR e BERVAL, 2002; DANTAS, 2003; DUKE,
2004).
Uso comprovado dos princípios ativos: A alicina possui propriedades bacteriostáticas, bactericidas, amebicida, antelmíntica, nematicida, anti-alergênico, anti-inflamatória, antioxidante, antisséptico, antiviral, candidicida, fungicida, inseticida, larvicida, micobactericida, vibriocida. O dialil dissulfeto, presente em 60% do óleo do alho, é uma das mais importantes substâncias da planta e foi descoberta em 1892 pelo cientista alemão P.W. Semmler. Trabalha em conjunto com o ajoeno, substância também
presente no óleo essencial do alho, de forma sinérgica, ou seja, potencializando as funções amebicida, antibacteriana, antioxidante, inseticida e larvicida de ambos. O extrato de alho é usado atualmente como bactericida, fungicida, vermífugo, antiviral e antiprotozoário (CARRICONDE e MORES, 1992; TESKE e TRENTINI, 1995; ALONSO, 1998; DANTAS, 2003).
O alho é utilizado principalmente como hortaliça aromática e condimento alimentar, porém seus constituintes ativos conferem-lhe propriedades medicinais favoráveis à saúde humana e animal, ainda apresentando atividade contra fitopatógenos, sendo empregado em muitos países como defensivo natural. Sua ação contra pragas e doenças amplamente exploradas e aproveitadas. Através do emprego de seus óleos e extratos, o alho atua como bactericida e fungicida, além de combater miídio, ferrugem e controlar insetos nocivos, como lagartas e pulgões (NICOMEDES JÚNIOR e SOUSA, 1999; PENTEADO, 1999).
CAPIM-SANTO
Família: Poaceae (Gramineae).
Nome científico: Cymbopogon citratus Stapf.
Sinônimo vulgar: Capim-santo, capim-limão, capim-catinga, capim-de-cheiro, capim- cheiroso, capim-cidreira, capim-cidrilho, capim-marinho, jacaré, vacapé, capim-cidrão, capim-siri, capim-grama, erva-cidreira, patchuli, chá-da-índia, chá-indú, verbena-da- índia, lemon-grass e capim-cidrol. (CORRÊA, 1975; BRAGA, 1978; ALMEIDA, 1993). Page 45
Origem: África, Índia Ocidental e Ásia Tropical (CORRÊA, 1975; BRAGA, 1978; CRAVEIRO et al., 1981; ALZUGARAY e ALZUGARAY, 1984; TESKE e TRENTINI, 1995).
Características botânicas: Herbácea com folhas simples, longas (mais de 50 cm de comprimento), estreitas e aromáticas, com bordas lisas e cortantes; flores raras, estéreis e sem sementes; inflorescências em panículas alongadas contendo espigas escuras. Erva perene, cespitosa, atinge no máximo 1 metro de altura, rizoma curto com nós bem nítidos e definidos (COSTA, 1992; VIEIRA, 1992; ALMEIDA, 1993; SILVA et.al., 2002).
Parte usada: folhas (PACIORNIK, 1990; BOTSARIS, 1997; PANIZZA, 1997; SAMPAIO, 2005).
Princípios ativos: α e ß-Citral; geranial; neral; cânfora; canfeno; cetonas: metil- heptenona; álcoois: geraniol, eugenol, cimbopol, chavicol, acetato de nerila, geranil- acetato, citronelol, metil-heptenol; sesquiterpeno; triterpeno; cimbopogona; cimbopogonol; farnesol; terpenos: dipenteno, β-mirceno; monoterpenos: citronelal, limoneno, citroneol, geraniol, nerol, linalol; óleos essenciais: flavonóides; ácido volátil; ácido valérico; ácido caprílico; terpenos; alcalóides indólicos; sitosterol e β-sitosterol; hexadecanol; trianometanol; neril-acetato (COSTA, 1975; SANGUINETTI, 1989; SOUSA et al., 1991; UGAZ, 1994; CARRICONDE et al., 1996; CORRÊA et al., 1998; DANTAS, 2003).
Uso comprovado dos princípios ativos: O citral tem efeito antifúngico (fungicida e fungiostático), pesticida, inseticida, antibacteriano (bactericida e bacteriostático), anti- séptica. O geraniol, o citronelol e o mirceno possuem ação anti-séptica, fungicida, insetífuga, pesticida. À cânfora e ao canfeno são atribuídas as funções insetífuga e pesticida. O eugenol possui atividade fungicida, inseticida, larvicida, vermífugo,
antioxidante, antisséptico (CRAVEIRO et al., 1981; ALBORNOZ, 1990; TESKE e TRENTINI, 1995; DANTAS, 2003; DUKE, 2004).
Fonte
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
ALHO e CAPIM-SANTO
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1 Comentário:
isso tudo é pura balela!!! =]